#44 - O Discípulo e a Renúncia


"todo aquele dentre vós que não renunciar a tudo quanto de mais estimado possui não pode ser meu discípulo." Lucas 14.33


No contexto desse verso, o Senhor Jesus está rodeado por milhares de pessoas que o acompanhavam. Foi quando ele começou a falar o que implica ser um discípulo. 


Em primeiro lugar, não é digno de segui-lo como um discípulo aquele que ama mais a alguém do que ao Mestre, ainda que seus parentes mais próximos ou, mesmo, a própria vida. Em segundo lugar, o seguidor de Jesus está consciente que seu caminho é de cruz. Portanto, para ser um discípulo, ele deve carregá-la. 


Para ilustrar uma decisão que alguns da multidão deveriam tomar para se tornarem discípulos, Jesus narra duas situações críticas. 


Quem deseja construir um prédio, primeiro deve calcular os custos, caso contrário, a obra será interrompida e o construtor ficará difamado. Isso quer dizer que para você deixar de ser apenas mais um no meio da multidão e passar a seguir Jesus como um discípulo, você precisa calcular os custos dessa vocação. É preciso amar a Cristo sobre todas as coisas, tendo como base desse amor a renúncia de si mesmo. Aquele que se diz discípulo, mas não faz os devidos cálculos, acaba se desviando do evangelho, se torna semelhante a um prédio inacabado que todos olham com desdém. 


A outra ilustração é a seguinte: "Qual é o rei que, pretendendo partir para guerrear contra outro rei, não se assenta primeiro para analisar se com dez mil soldados poderá vencer aquele que vem enfrentá-lo com vinte mil? Se chegar à conclusão de que não poderá vencer, enviará uma delegação, estando o inimigo ainda longe, e solicitará suas condições de paz". (V. 31-32).


Essa imagem revela que se estamos empenhados numa guerra contra o Senhor, a decisão mais sensata ante ao planejamento de batalha seria fazer um acordo de paz. Mais uma vez, a palavra em destaque é: renúncia. 


No nosso caso, o próprio Deus veio a nós com uma proposta de paz em seu filho Jesus. Ele nos perdoa os pecados e nos capacita a ser seus discípulos. Mas, é preciso renunciar tudo o que pensamos possuir de mais estimado valor, quer seja conhecimento, riquezas, amores ou orgulho próprio. 


Se você quiser deixar de ser multidão para ser um discípulo do Mestre, negue a si mesmo, tome a sua cruz e o siga.



Seja Bereano:

Lc 14.25-33, Lc 9.23.

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