O que Realmente Importa?

 

Quanto a mim, no entanto, que eu jamais venha a me orgulhar, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio da qual o mundo já foi crucificado para mim, e eu para o mundo.

Gálatas 6.14

 

Contexto: Gl 6. 11-18

 

A fim de concluir o longo raciocínio utilizado no decorrer de toda a Carta aos Gálatas, Paulo relembra aos crentes que o argumento da obrigatoriedade da circuncisão utilizado pelos falsos mestres era falso, visto que nem mesmo os legalistas conseguiam cumprir com totalidade a lei do Senhor. Essa denúncia implica em que a teologia paulina continua sendo fiel e verdadeira ao dizer que todos pecam e se afastam da glória de Deus (Rm 3.23). Com isso, a prática dos ritos da circuncisão nada tem a ver com a justificação em si, pelo contrário, evidencia o orgulho daqueles que praticam tais rituais. 

 

De forma bem direta, não nos bastaria cumprir com as práticas religiosas ou decorar as regras doutrinárias de uma organização para sermos justificados perante Deus, apenas pela fé em Cristo Jesus você pode ser salvo, remido, liberto e perdoado pelo soberano Rei dos reis. 

 

Paulo continua seu argumento dizendo que se fosse ter orgulho de alguma coisa, ele se orgulharia da cruz de Cristo, isto é, da possibilidade de participar dos sofrimentos do Mestre por causa do evangelho. Isso indica que, de fato, o mundo já havia morrido para ele, e ele para o mundo.

 

Essa é, sem sobra de dúvidas, uma bela forma de Paulo terminar sua carta, pois sua teologia em nada afronta os demais autores do Novo Testamento, pelo contrário, reafirma com precisão as palavras que Tiago, irmão de Jesus escreveu: não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? (Tg 4.4).

 

Portanto, o que realmente importa é zelarmos pela coerência entre a nossa conduta fé e pratica cristã. Uma vez justificados por Cristo, andemos em santificação até que Ele venha.

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