Servos em amor
Servos em amor
Caros irmãos, fostes chamados para a
liberdade. Todavia, não useis da liberdade como desculpa para vos franquear à
carne; antes, sede servos uns dos outros mediante o amor.
Gálatas 5. 13
Contexto:
Gl 5. 1-15
A
justificação que nos concede liberdade em Cristo pertence à cultura da graça
divina em que Deus enviou o seu filho ao
mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
ele (Jo 3.17), por isso sabemos que não há mérito do homem nessa redenção,
apenas o favor de Deus. Essas palavras são amplamente conhecidas dentro da
teologia da graça, mas são difíceis de realmente serem compreendidas, pois o
nosso entendimento racional é formado a partir da nossa experiência de vida em
uma cultura meritória, imagine: quem não trabalha não come, quem não estuda não
passa na prova, quem não faz, não vê nada acontecer, porém, se alcançamos algo
pelo nosso esforço, pensamos ter a liberdade para desfrutar de uma recompensa
recebida da forma como desejarmos, sem termos que prestar contas a ninguém.
Contudo,
sabendo que os cristãos teriam dificuldades nessa interpretação por estarem
imersos na cultura do seu tempo, Paulo coloca de forma muito clara a razão da
liberdade que temos em Cristo: servir uns aos outros em amor. Uma vez que a
liberdade não nos dá o direito de permanência nas paixões pecaminosas de
outrora, ela pressupõe desviarmos o olhar de nós mesmos e direcioná-lo às
necessidades dos irmãos, não com apontamentos de juízo, mas com amor generoso.
Se
a igreja assim proceder, demonstrará ao mundo que é, de fato, serva do Deus
vivo e que está, cada vez mais, desenvolvendo a cultura graciosa do Reino por
sua dispensação de amor no serviço de uns para com os outros.
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